Pretendemos, ao longo do blog,
mostrar quem são e o que fizeram/fazem os agraciados com o Prêmio Nobel da
Paz. A primeira a ocupar esta categoria
em nosso espaço é Aung San Suu Kyi,
uma política de oposição de Mianmar (antiga Birmânia) e secretária geral da
Liga Nacional da Democracia (LND). Filha de Aung San, que conduziu o país à
independência dos colonizadores britânicos e foi assassinado quando ela tinha
apenas dois anos, Suu Kyi abraçou
o legado do pai e é um dos maiores nomes de resistência pacífica de nosso
tempo. Ganhadora do Prêmio em 1991, a ativista só o teve nas mãos em 2012,
devido à prisão domiciliar que cumpria na época e na qual permaneceu por mais
de 15 anos, resistindo a uma das mais violentas ditaduras do mundo. Apenas
em 2010, quando os militares deixaram o poder, houve alguma abertura em
Mianmar, Aung San Suu Kyi foi
libertada e pôde enfim exercer um mandato em uma vaga do Parlamento. A ativista
pretende se candidatar às eleições presidenciais de 2015. Mantendo e defendendo
atitudes não-violentas e dotada de uma firmeza permanente que
inclui renúncia, dor e luta - sem armas - a serviço da paz, a “Orquídea de
aço[1]” Suu Kyi é
uma fonte de inspiração para todos que procuram construir algo no mundo.
“Quando me encontrei com os trabalhadores migrantes e refugiados birmaneses durante a minha recente visita Tailândia, muitos gritavam: "Não se esqueçam de nós!". Queriam dizer: "não se esqueça de nosso sofrimento, não se esqueça de fazer o que puder para nos ajudar, não se esqueça que também pertencem ao seu mundo.” Quando o Comitê do Nobel concedeu o Prêmio da Paz para mim eles estavam reconhecendo que os oprimidos e os isolados na Birmânia também faziam parte do mundo, eles estavam reconhecendo a unidade da humanidade. Então, para mim, receber o Prêmio Nobel da Paz significa pessoalmente estender minhas preocupações para a democracia e os direitos humanos além das fronteiras nacionais. O Prêmio Nobel da Paz abriu uma porta no meu coração.” Trecho do discurso de Suu Kyi, em 16 de junho de 2012, proferido ao ter nas mãos o prêmio (antes recebido simbolicamente por seu filho). Tradução nossa.
Sugestão de filme: The Lady (2011), ou Além da Liberdade, em português, é a nossa indicação de filme para quem quer ver um pouco mais da história de Suu Kyi transposta sob a direção de Luc Besson e a bela interpretação de Michelle Yeoh. Além disso, a música “Walk on”, da banda U2, foi feita em homenagem à nossa escolhida de hoje.
“Quando me encontrei com os trabalhadores migrantes e refugiados birmaneses durante a minha recente visita Tailândia, muitos gritavam: "Não se esqueçam de nós!". Queriam dizer: "não se esqueça de nosso sofrimento, não se esqueça de fazer o que puder para nos ajudar, não se esqueça que também pertencem ao seu mundo.” Quando o Comitê do Nobel concedeu o Prêmio da Paz para mim eles estavam reconhecendo que os oprimidos e os isolados na Birmânia também faziam parte do mundo, eles estavam reconhecendo a unidade da humanidade. Então, para mim, receber o Prêmio Nobel da Paz significa pessoalmente estender minhas preocupações para a democracia e os direitos humanos além das fronteiras nacionais. O Prêmio Nobel da Paz abriu uma porta no meu coração.” Trecho do discurso de Suu Kyi, em 16 de junho de 2012, proferido ao ter nas mãos o prêmio (antes recebido simbolicamente por seu filho). Tradução nossa.
Sugestão de filme: The Lady (2011), ou Além da Liberdade, em português, é a nossa indicação de filme para quem quer ver um pouco mais da história de Suu Kyi transposta sob a direção de Luc Besson e a bela interpretação de Michelle Yeoh. Além disso, a música “Walk on”, da banda U2, foi feita em homenagem à nossa escolhida de hoje.
Mais informações: http://www.dw.de/aung-san-suu-kyi-uma-vida-dedicada-a-mianmar/a-17559460
Discurso inteiro - vídeo (em inglês): http://www.nobelprize.org/mediaplayer/index.php?id=1809
Discurso inteiro – texto (em inglês): http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/1991/kyi-lecture_en.html
[1] Termo usado pela revista Time, em 1991, quando Suu Kyi ganhou o prêmio através de seu filho. Ela recebeu esse nome devido à orquídea que sempre usa em seu cabelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário